quinta-feira, abril 30, 2009

Entreouvindo por ai...®


Na verdade não entreouvi, até que gostaria de, mas eu li. E ler na lei do jogo do bicho, é lei. É vale o que está escrito.

Numa atitude ultra mega inédita, o presidente da Câmara Michel Temer, por temer talvez o que nós aqui iríamos pensar se a votação sobre o que fazer com as passagens e parentes fosse posta à votação em plenário, resolveu num acordo, que parece mais um acordão geral , - literalmente falando, será mesmo? - com os líderes, limitar as passagens acabando de vez com a farra que vinha acontecendo lá para os lados de Brasília.

Mas uma pergunta fica no ar. E ela não quer se calar. E não se calará. O que será feito com os R$ 17,9 milhões/ano, que será economizado? Para onde irá? Talvez, quem sabe, contudo, todavia, não criem um novo auxílio-família para os deputados? É a cara deles. Ou uma verba para combater a pré-depressão de deputados que se ressentem da falta da esposa, dos filhos, da sogra, da namorada, da babá-fantasma, do cachorro, gato, periquito, menos do papagaio, pois esse fala. E como eles trabalham muito durante a semana – são 3 dias, salários de R$ 16 500,00, verbas para comer, beber, pagar aluguel de escritório e combustível, tem motoristas, reembolso integral de despesas médicas, não entram em fila para atendimento médico nos principais hospitais do país, não entram em fila para o check-in no aeroporto, nem carregam suas malas. Só aquelas. – eles têm tudo para entrarem em depressão. Então nada mais justo do que ajudá-los a combatê-la.

Afinal, eles estão lá pensando em nosso bem estar, nada mais coerente do que pensarmos que é necessário a criação dessa verba, pelo bem estar deles. Ah coitados !!

Por falar em coitado, tadinho do FHC, que tem uma filha fantasma. Será que ele sabe? Pois é, nosso ex-presidente, deve ter levado um susto, quando Luciana Cardoso, pediu demissão, onde atuava como secretária parlamentar desde 2003, no gabinete do senador Heráclito Fortes (põe forte nisso) do DEM-PI, mas que por princípios, preferia trabalhar em casa, onde recebia horas extras, fora o salário de mais de R$ 7 mil. Um dos princípios, seria que o Senado era uma bagunça. Qual seria o outro? Então, segundo ela, para evitar constrangimentos ao senador, a ela mesma e aos seus, ela preferiu parar de brincar de Pluft, a fantasminha camarada e pulou fora.

Queria ter uma filha assim...

Mas enquanto não tenho, poderia me orgulhar de saber que na cidade onde Zeca Dirceu, filho de Zé Dirceu (é aquele), é prefeito, não falta dinheiro. Só para vocês terem uma vaga idéia, desde 2008, Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, já recebeu R$ 5,6 milhões em repasses para investimento. Tomara mesmo. Vocês sabem o que.

Queria ter um pai assim...

Queria ter um filho assim...

Mas enquanto não tenho vou rezando para que Lula mude um pouco seu discurso e encare a gripe suína com maior seriedade, e não fique achando que essa gripe suína que está assustando meio mundo, pode ser que nem chegue ao Brasil.(já existem até dois casos suspeitos). Lula, não é apenas uma gripe. É mais sério que isso. Não é questão de se fazer uma tempestade ou terrorismo como você mesmo falou. Mas também não é questão de se achar que é como se fosse uma marola. Porque em questão de achar que tudo é uma marola você já é descolado, PhD em ondas. E acredito que ninguém esteja querendo vender pânico como você mesmo também falou. Mas que já estão vendendo máscaras, ah isso estão. Até camelô.

Melhor assim presidente, pois depois vai ficar chato você ter que aparecer e falar: “É, nóis Tamufu”. Claro que os mais esclarecidos, irão entender que você na verdade quis dizer: “É, nós temos que tomar Tamiflu.” Mas se depender do resultado do Enem que mostra a falência das escolas públicas nos estados, você tem um problema bem maior. Aliás, dois.

Ou será que são mais?

Enem que me torturem eu falo.

O que eu falo e repito sempre...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

E hoje, diria mais: Salvem a educação.

sexta-feira, abril 24, 2009

Proposta®


Aproveitando que foi niver do rei Bob Carlos, “o cara” da música segundo sei lá quem – vale registrar que gosto das músicas de Bob – pois agora virou mania presidentes acharem que sempre tem um fulano que é “o cara”. Primeiro Obama falou do Lula, depois veio Sarkozy e disse que quem era esse tal cara era Berlusconi. Quem será então o próximo presidente a nomear o seu cara? Proponho então uma grande eleição aproveitando o mundo cibernético para eleger então de uma vez por todas “O CARA”. Eu ainda acho que é o Romário. Ele também.

Mas não vim aqui para falar do Romário, de quem é ou deixou de ser “o cara”. Não.

Outro motivo me fez pular do sofá e correr para o computador. O jornal. Não precisei nem acabar de ler a reportagem toda. Só com o título já teria ingredientes suficientes para preparar uma torta de banana e mandar para ser servida no dia da votação no plenário lá em Brasília.

Até porque se nos dão uma banana porque não podemos retribuí-la?

Pois para mim, nas entrelinhas o que deputados estão fazendo com a questão das passagens e com a discussão em torno do assunto, é dando uma banana bem madura na cara de cada um de nós. Metaforicamente falando.

Então sem mais metáforas, hipérboles, metonímias, mandei um fax para o rei Bob Carlos, e pedi emprestado o nome de sua canção para dar vida a meu artigo. Até teria outras idéias de título, mas essa seria a mais apropriada e com certeza a mais amena.

Beira ao ridículo toda essa história. Mas com passagens tão emotivas que me fazem quase chorar, lágrimas de crocodilo.

Escutar do deputado Sílvio Costa (PMN-PE) que a família faz parte do mandato me comove tanto que chego a pingar no persa. E quando entra a fala do deputado Domingos Dutra (PT-MA) de que daqui a pouco vamos querer que ele ande de jegue, more em palafita e mande mensagem por pombo-correio, a minha sala inunda.

São tantas emoções...

Não sei se alguém já atentou para o final da história. Mas as muitas idas e vindas do que seria feito está sugerindo que haverá um banquete de pizzas em Brasília. E que no final todos ficam amigos e continuarão vivendo felizes para sempre. Seja o baixo clero ou o alto clero.

Pelo visto a questão das castas chegou à Brasília. Da Índia diretamente para Brasília. Eu arriscaria dizer que em Brasília dever ter uma casta soberana, a dos dalits. Pois no final, todos são e se acham intocáveis.

Mesmo assim compartilho minha proposta com vocês que me leem e me escutam. Proponho que em vez de levaram a questão se parentes teriam ou não direito a usar as passagens ao plenário, fizessem dessa votação um júri popular. Isso mesmo. Pois o que eles irão fazer é seu próprio julgamento. É como se colocasse Fernandinho Beira-Mar sentado e decidindo sozinho qual será a sua pena.

Na verdade isso tudo nem deveria acontecer. Eles próprios deveriam ter seus limites. Saber o que é certo ou errado. O que pode e o que não pode.

Ficar naquela desculpa que achou que podia, isso é papo pra boi dormir.

E pelo visto os bois vão conseguir sua soneca, e essa questão toda daqui alguns dias irá ser colocada em segundo plano, pois algo novo surgirá. Mais arrebatador, mais escandaloso.

E depois ficam falando que tem algo de podre no reino da Dinamarca. A Dinamarca é aqui. Ou melhor, ali, em Brasília.

Eu proponho também já que saiu uma listinha dos 20 deputados que mais viajaram ao exterior, que pegassem essa listinha e a reproduzissem nas próximas eleições ao lado de cada nome de deputado que estivesse disputando o cargo novamente. E digo mais, que se fizessem isso com todos os deputados. Senadores também porque não?

Aliás, dever-se-ia colocar um resuminho da vida de cada um, de em quantos escândalos esteve envolvido, de seus atos e desatos. De tudo um pouco. Apenas para lembrar na boca da urna quem é o cara mesmo.

Assim não pode continuar.

E eles tentam encenar que estão tentando moralizar a coisa. A coisa já deveria estar moralizada. Desde sempre. Tudo bem que não há santos. Mas não precisamos de demônios.

Tentar agora contemporizar não é uma atitude digna. Digna do cargo que ocupam. Não tem de haver acordo. Que acordo? Que de hoje em diante o neném não vai mais fazer isso? Já ouvi isso algumas vezes. E mesmo se for, amanhã estarão fazendo com outra coisa. Será com a gasolina, com o uso dos celulares (um já até fez).

O que me preocupa é que todos esses escândalos começam a colocar em cheque o nome maior, o nome da Casa e isso não podemos aceitar, até porque é a nossa Casa, é a Casa do Povo. E o povo somos nós.

A moralização se faz necessária. De forma clara, cristalina, transparente. E imediata.

Ficar arrumando jeitinhos não é o melhor caminho. Por isso mesmo Temer vem dando voltas e voltas no que acha certo fazer. Deixar solto que para viajar para dentro do país não se teria problema nenhum que não seria nem preciso pedir, pois já se teria autorização prévia da Casa, mas que para o exterior seria preciso da autorização da 3ª Secretaria é chover no molhado. Quem é a 3ª Secretaria? Faço idéia então da 2ª e da 1ª.

Lembro que existe um ditado bem famoso. Se Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé. Então seguindo essas palavras, os deputados que se sentem injustiçados por achar que temos que bancar a passagem da família deles até Brasília, por qualquer que seja o motivo, deveriam então, se sentem tão sozinhos a ponto de insinuar que queremos transformá-los em celibatários, como afirmou assim, Marcondes Gadelha (PSB-PB), eles irem até suas esposas, filhos e filhas, agregados, mães, pais, cachorros, papagaios, corujas, gatos e sei lá mais o que. É muito mais simples um ir, do que um batalhão vir. E na carteira do erário nem sem fala.

Querendo tem solução. É questão de respeito. Deles para conosco. Eles já ganham suficientemente bem, tem suficientemente recursos e regalias que não precisam inventar mais nada e podem quando muito abrir a carteira deles. Não a nossa. E parar de se fazerem de coitadinhos. Quem escolheu estar em Brasília foram eles. Que então arquem com as consequências de seus atos e vontades.

Remédio para isso tudo existe. Só espero que não sejam os mesmos achados num lixão no bairro de Bangu, zona oeste da cidade (ainda?) maravilhosa, dentro da validade e que seriam usados pelo Hospital Albert Schweitzer.

É aquilo, ninguém sabe, ninguém viu. Mistérios da meia-noite.

Mas enquanto não salvamos a saúde, não salvamos Brasília nem as bolsas do ProUni que deveriam ir para os mais necessitados...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

quarta-feira, abril 22, 2009

Pedindo Passagem ®


Até bem pouco tempo Pedindo Passagem seria somente o nome de um blog. Meu blog por sinal. É eu tenho um blog. Vocês acreditam nisso? Que coisa né? Um blog.

Pois é. Mas então...

Mas então, antes de qualquer coisa quero deixar claro que não servi de inspiração para nada e para ninguém até porque isso já vem acontecendo (acredito eu) até bem antes de eu nascer. Talvez venha já dos tempos das caravelas. Who knows?

Acho que nem ele sabe.

Alguns devem estar se perguntando ou pensando que este escrevinhador ou articulista como preferirem me chamar está louco ou com alguma síndrome. Talvez com a síndrome das pessoas que não aguentam mais ver seus políticos fazendo certas coisas ou quase tudo que os reles mortais sabem que não podem, mas que todos de lá acham a coisa mais normal do mundo. Como por exemplo, que um deputado, um senador e ministros de Estado que são na verdade deputados licenciados façam a farra das passagens aéreas por talvez acharem que ninguém vai ver, que é normal, afinal “sois deputado” ou talvez quem sabe, achem que ganham pouco para terem essas despesas pagas do próprio bolso ou ainda por acharem que as regras não estão bem claras.

Mas como diria Arnaldo César Coelho: “A regra é clara”.

E se eles lessem então um pouco mais, estudassem um pouco ou soubessem um pouco mais sobre a Constituição Federal, veriam que estão incorrendo num erro e ferindo o que se chama de princípio da legalidade que diz que o agente público só pode fazer o que a lei autoriza expressamente. Eu não inventei nada. Está lá. Em seu artigo 37, mas também nos artigos 5º, II e XXXV, e 84, IV. É só abrir, ler e tentar entender. Talvez seja esse o problema deles. Entender.

Senhores deputado-galã, deputados, senadores e ministros, não se pode dar passagem para esposas, namoradas, filhas, sogra, amigos, papagaios (cuidado que esses podem falar), periquitos, cachorros, agregados, artistas. Nem o celular pode! Mas tem gente que até isso dá, né Tião?

Nossa Brasília de nosso Brasil varonil acaba de ganhar mais um título. Virou além de terra de Marlboro, terra de Papais Noéis. Onde o natal é o ano todo. É serviço 24 horas.

É incrível ver nossos políticos tão benevolentes. Isso deveria nos encher de alegria e orgulho. Afinal dar alguma coisa é sempre um ato de bondade. Alto lá! Nem tudo que se dá é ato de bondade. Mas tem gente que gosta de dar e pronto. Independentemente se vai ou não receber alguma coisa em troca. Nem estou falando de dinheiro.

Vai ver abriu-se as portas da esperança em Brasília. Ou é um novo programa do governo, o bolsa passagem para deputados, senadores e ministros. Se bem que como disse essa prática já deve vir lá das caravelas. Talvez estejam somente renovando o programa. Deixando ele mais moderno. Mais enxuto.

É pode ser isso.

Mas também pode ser outra coisa. Claro, afinal onde já se viu deputado dando alguma coisa?

O máximo que podemos ver é assessor de prefeito, por exemplo, comprando uns votos por “cinquentinha”. É por apenas R$ 50,00 seu voto pode ser meu. Meu não. Dele lá. Tenho pra mim que isso é coisa de garotinho mimado que não teve educação. E olha que ainda nem estávamos na crise marolenta que virou resfriado e que é uma tempestade. Imagina, hoje então, quanto não se pagaria por um voto.


Na crise...

E falando em crise, estou em plena crise de consciência. E fico assustado, pois começo a achar que não conheço mais ninguém. O primeiro foi o ex-secretário de segurança do Estado do Rio, Álvaro Lins que achei que fosse um primor de idoneidade e deu no que deu. E agora vem o Gabeira em quem eu votei para prefeito, e vejo ele na farra das passagens. Até tu Gabeira?

Mas isso não se restringe ao Gabeira. Até quem deveria dar a direção certa das coisas pecou com as passagens. Eu que não temia que isso fosse acontecer. Não com eles. Mas aconteceu. É pra Temer nas bases. ACM Neto que o diga.

E como diria o slogan: “aconteceu virou manchete”.

Não me culpem. Está em todos os jornais. Não tem como esconder. Hoje é público e notório.

Não podemos prescindir disso. Temos que fazer alguma coisa. Nós como povo, como brasileiros, como cidadãos pagantes de impostos e também dos salários deles.

Não podemos simplesmente sentar e assistir ao show sem vaiar. E aceitar qualquer coisa como desculpas ou como solução.

Uma das soluções apresentadas seria criar um outro cartão corporativo ou incorporar a verba das passagens ao salário.

Agora alguém me segura que estou subindo nas tamancas. Pareço estar calmo, aceitando tudo com muita naturalidade, mas não estou não. Não tem como.

Não tem como o presidente da Casa, Michel Temer depois de admitir que sua esposa foi a Paris que é logo ali e outros cinco parentes a Porto Seguro continuar presidente. Se fosse no Japão, ele pediria para sair e estaria envergonhado. Mas aqui que não é o Japão...

Queria só ter acesso ao balanço das fábricas de óleo de peroba. Eles devem estar sorrindo à toa. Os negócios nunca tiveram tão promissores.

Promissor só não é o que virá pela frente. E o que virá? Essa é a pergunta que não quer calar.

Mas podemos imaginar e nem é preciso usar muito a nossa imaginação. Imaginação quem tem de sobra são eles. Que a cada dia inventam algo novo. Inusitado. Que quando vem à tona simplesmente cobre o que já era podre antes e direciona as atenções para a nova matéria do dia. E o que ontem era notícia grande hoje é nota de rodapé. E a vida segue em Brasília sempre na maior das calmarias.

Mas se esses ocupantes dos cargos mais cobiçados e importantes do país que não se abalam com a imagem que eles têm perante nós, até porque na cabeça deles o povo sempre esquece, (O que não deixa de ser verdade. Severino Cavalcanti, Collor, Renan Calheiros e outros que o digam. Até Zé Dirceu ensaia sua volta.) deveriam temer alguém. Sei lá quem, alguém. Nem que fosse a liga da justiça. Àquela formada pelo Batman, Robin, Mulher Maravilha, Super-Homem.

Melhor apelar a essas pessoas, até porque estarão batalhando com seus semelhantes. Pois muitos de lá, se acham verdadeiros super-heróis. Só que deve ser do mal. Só pode ser.

Não pode ser é o presidente Lula assistir isso de camarote e não se pronunciar ou não exigir que nada seja feito. Se ele mesmo demitiu o presidente do Banco do Brasil por causa dos juros altos, alguma coisa ele pode fazer. Alguma coisa ele deveria fazer. Mas como ele tem avião próprio e leva quem quiser a bordo, a festa das passagens não deve estar incomodando tanto.

Isso porque não sai do bolso dele. Mas do meu, do seu, do nosso.

E se a imagem do meu, do seu, do nosso país fica um pouco manchada aqui e lá fora isso não é problema. É só abrir uma torneira e o problema está resolvido. Não é também à toa que o gasto da Presidência com publicidade subiu 24,9%.

Só mesmo um bom publicitário para fazer com que acreditemos que vivemos num país de contos de fada, cheios de papais noéis, gnomos, duendes, fadas madrinhas, onde educação e saúde não são problemas, e também no país de um presidente que é “o cara”.

Mas enquanto eles fazem a propaganda deles, eu faço a minha.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

sábado, abril 18, 2009

Entre vírus, golpes e spams!®


Há tempos atrás quando abria meu e-mail e olhava para o número de mensagens recebidas era algo modesto. Até parecia que não era popular. De que ninguém gostava de mim.

Estávamos então no boom da internet. Onde no simples movimento de abrir e fechar os olhos surgia um site novo. Uma idéia nova. Que na cabeça de seus idealizadores iria revolucionar o mundo. Quiçá o universo.

Ledo engano.

O boom acabou. A febre baixou. O mercado internáutico assentou. Ficou calmo. E os sites foram sendo incorporados por outros, fortunas foram sendo feitas, prejuízos foram sendo engolidos, sites simplesmente indo sumindo.

Mas uma coisa que não sumiu, e sim aumentou exponencialmente foram as mensagens. Algumas muito indesejadas.

Claro, que eu ávido por informações saía assinando quase todo tipo de newsletters. Algumas eu nem lia. Mas alguma coisa dentro de mim, achava que ter a caixa de mensagens cheia delas era “auspicioso”.

Bobagem minha.

Então, com a evolução da internet, tudo foi evoluindo junto. Os programas, os golpes, os vírus. E as mensagens indesejadas, comumente chamadas de spam. Que é a abreviação do termo em inglês “spiced ham” (presunto condimentado).

Era impressionante a quantidade de spams. Só que uma coisa me chamava atenção. O teor da mensagem. De cada 10 mensagens dessas, 8 envolviam o pênis. No caso o meu.

Parece incrível, mas muitas empresas de todas as partes do mundo resolveram brigar por quem conseguiria aumentar o meu pênis. E quem disse que eu estava insatisfeito com o tamanho dele? Alguém deles por acaso viu? Mediu?

Nunca tive problemas com isso. Tanto é verdade que assim que nasci já cortei até um pedaço.

E eles continuaram a insistir. E como num passe de mágica, todos sumiram. Ou ficaram milionários aumentando o pênis de milhões de pessoas, ou faliram todos.

E hoje, são vários avisos de que eu fui sorteado numa loteria americana, inglesa, que basta enviar meu endereço que irei receber um vultoso cheque, claro que mediante um simples clique aqui. Outros de que estou prestes a ganhar uma fortuna e que num simples clique minha vida pode mudar.

Será que alguma alma caridosa comprou um bilhete no meu nome, ou até mesmo eu, em sonho fiz a compra, e a CIA e o FBI conseguiram me rastrear, me achar e me entregar o prêmio?

Hoje, então foi demais. Um tal de Ibrahim Salama, me envia um e-mail dizendo que existem U$ 15 milhões de dólares esperando por mim, mas que a comissão dele seria de 60% para ele restando somente 40% para mim. E ao mesmo tempo o Andre Kabore de um banco da África disse que também existem em meu nome U$ 11.500.000 e que teria a mesma bondade do Ibrahim, ele ficaria com 60% e eu com 40%.

Nada mais justo né? Afinal, “Ibra” e “Dé” são boa gente. Honestos.

Ontem a empresa British Telecom me informou que teria direito a receber U$ 1 milhão. Bastava eu clicar no link e pronto. Milionário eu estaria. Será que estou que nem certos políticos que nunca sabem de nada e eu não sabia que era acionista ou que teria quem sabe ganhado uma ação contra a empresa?

E eu me matando de estudar para prestar concurso público.

Só mesmo falando: “ Are Baba”.

E paralelo a essa praga, a praga dos golpes. Cada vez mais bem maquiados, outras vezes tolos, mas que se não tivessem resultados simplesmente seriam banidos pelos golpistas.

Num piscar de olhos sou cliente de todas as operadoras de telefonia celular e estou com contas em atraso, sou correntista de vários bancos e houve um pequeno problema com minha conta, fiz compras pela internet em vários sites e a compra deu um pequeno probleminha que pode ser resolvido com um simples clique sem precisar sequer telefonar.

Fora os problemas no Serasa, com meu CPF, com meu título de eleitor, com o processo que apareceu o meu nome, com a polícia federal.

E as promoções tentadoras de empresas que são tão boas dando viagens, brindes, perfumes, vales compras. E outras como a Microsoft, que oferece sempre a mais nova atualização extremamente necessária para sua máquina.

E a vida segue. A fila anda. Com toda a certeza.

Para então saber que você entendeu tudo direitinho, clique no link abaixo, responda sim e ganhe um novo vírus que irá fazer você formatar sua máquina ou escolha em ter seus dados invadidos e roubados.

A escolha é sua. Você decide.

Bom clique para você.

terça-feira, abril 14, 2009

Moda é moda. O resto é o resto!! ®


Não posso negar um fato. Moda é moda. E os fatos somente corroboram isso.

O resto é o resto. E os fatos também corroboram isso. Infelizmente.

Virou moda deputado, vereador aparecer assim como num passe de mágica com uma casinha básica. Foi assim com o deputado José Nader Filho. Mas nesse caso, a casa não é dele. Ah bom. É da mulher. E é na Flórida. E segundo o digníssimo deputado seria fácil comprar casa nos EUA. Assim como o castelo não era do deputado Edmar Moreira. Onde já se viu um deputado conseguir com esse salário comprar um imóvel. Se pelo menos fosse financiado pela Caixa. Mas já um vereador conseguiria? Pois é. O dono de um novo palacete, avaliado em R$ 6 milhões, o vereador Paulo Ushitaro KamiaLogo disse que a casinha estava em seu nome, depois não estava mais e que então era do cunhado. Queria ter um cunhado assim. Ainda mais que Paulo em está em seu quarto mandato e ganha apenas R$ 9 mil. Ah, tá explicado. A culpa é do cunhado. Às vezes é também do mordomo.

E enquanto deputados e vereadores (por enquanto) esquecem de seus imóveis na hora de declarar, o número de pessoas que estão no seguro-desemprego bate quase em 2 milhões de trabalhadores.

Nada mal para a crise que é somente uma marola.

Dizem que é na crise que muitos ganham dinheiro. Então a crise é agora.

Pena que os acionistas do Banco do Brasil não devem estar muito satisfeitos com a troca do presidente da nobre instituição impingida pelo governo, o que fez as ações caírem um pouquinho. Coisa básica em épocas de crise. Queria ter um presidente assim. Que sempre faz a coisa certa e fala a coisa certa na hora certa.

Mas “num” é que tenho!! Tenho o Lula.

É o Lula. É “o cara”. O cara que confidenciou a dois amigos (mui amigos) que estava vivendo um momento em que não tinha do que reclamar. E nem da crise.

Pois é. Como diria Anselmo Gois: “Deve ser terrível viver num país assim”. E eu complementaria: “Deve ser terrível ter um presidente assim”.

Mas talvez nem tanto, ainda mais agora que o governo abriu a torneira e liberou R$ 1 bilhão, como sendo uma ajuda extra, a todos os municípios para compensar perdas. Muito nobre do governo. Ainda mais em um ano pré-eleitoral. Uma atitude de cabra macho. (aqui nem importando muito se com ou sem hífen. Maldita reforma orográfica). Uma atitude que só um pai faria para um filho. Queria (então) ter um pai assim...

Antes que me acusem de estar reclamando de uma coisa boa, vou trazer o que penso. Penso que se o governo planejasse as coisas nada disso seria preciso ser feito. Se o governo fechasse a torneira deles, coibindo horas extras no Senado (dizem que os funcionários que receberam irão devolver e poderão fazer em até 10 vezes. Sem juros), adiando reformas desnecessárias das mais diversas, como por exemplo, para ser “update”, a reforma dos apartamentos funcionais orçada em somente R$ 150 milhões, cortando verbas indenizatórias, pagamento de contas de telefone de celulares usados por filhas de senadores. Ops! O Tião falou que pagou do bolso dele. Como diria Silvio Santos: “Eu só acredito vendo”.

Mas ao mesmo tempo em que vejo esse presente, vejo o governo cortando gastos de custeio e investimentos do Orçamento em vários ministérios. Saúde e Educação não se salvaram. Entraram na roda. Salvou-se somente o Bolsa Família e o PAC.

Parece àquela coisa de um cobertor menor que a pessoa que o está usando. Onde você puxa para o pescoço e deixa os pés descobertos.

Mas fiquem tranquilos que os brasileiros que vivem no exterior não estarão mais descobertos. Muito pelo contrário. Estarão muito bem cobertos e representados. O Senado muito bonzinho que é, resolveu criar uma bancada que poderá ter de quatro a sete representantes na Câmara dos Deputados para defender os interesses da “tchurma” que não aguentou e se mandou para o exterior tentar a vida e a sorte. Mas calma, a farra ainda não está oficializada. Falta ainda uma segunda votação no Senado, para seguir para a Câmara e se aprovada pelos deputados será regulamentada por lei ordinária.

Extraordinário isso né? Sem o extra.

De extra somente o que irá gastar (novidade) o Senado com a proposta de reforma administrativa encomendada à Fundação Getúlio Vargas que foi a mesma contratada por Sarney em 95 quando era presidente da Casa e custou na época R$ 882 mil. E que hoje tem um custo inicial de R$ 250 mil. Se quiser fecho por menos.

Mas fazer o que? Melhor isso do que ter um presidente que faz greve de fome para se reeleger. Mas pelo menos ele não fala... Deixa prá lá.

Melhor passar a régua e pedir a conta.

Mas antes lembrar...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.

segunda-feira, abril 13, 2009

Os Delírios de Consumo de becky Bloom - Sophie Kinsella


A autora Sophie Kinsella nos brinda com um livro divertido, totalmente despretencioso. Um livro gostoso de ler apesar de alguns o carimbarem como sendo um livro voltado ao público feminino.

Mas literatura é isso.

Acho que não existe essa coisa de que certos livros são somente para serem lidos por mulheres e outros só por homens.

Acho que não tem maneira melhor de se conhecer um pouco mais o que pensa uma mulher ou um homem lendo certos livros.

Os Delírios de Consumo é o tipo de livro para se ler por diversão, como um passatempo. Ler também é isso. É se divertir, viajar e não só ficando quebrando a cabeça com elocubrações, mensagens profundas, ditos de pensadores. Isso também é importante. Não dispenso. Mas tem hora para tudo. Como diziam na época do colégio. Tem a hora do estudo e a hora do recreio.

Becky Bloom é a hora do recreio. Diga-se de passagem divertidíssimo.

Nota: 8,5

sábado, abril 04, 2009

Se Conselho fosse bom....®


Quebrando um pouco o protocolo, rompo o silêncio em pleno sábado. Não poderia deixar para falar na segunda-feira. E isso é que é gostoso no jornalismo. Estou aprendendo isso, sem ter me formado em jornalismo o que me isentaria hoje de ter que bater ponto na redação, mas que não teria nenhum problema. Há vagas?? Tô precisando.

Nada mais consegue me surpreender. Agora, virou uma questão do que poderá me surpreender um dia? E será mesmo que alguma coisa aqui na nossa terra irá me surpreender ainda? E de modo positivo? Só o tempo dirá.

Não sei o que se "assussede" com esse povo de Brasília. Parece que eles não sabem que vivem em um eterno BBB. O Senado, a Câmara são as verdadeiras casas de vidro. Que a qualquer espirro do lado de dentro é um estrondo do lado de fora.

Eles parecem não estar nem aí. Aliás, estão em Brasília, né?. Pois é, mas mesmo os que teriam que estar em seus estados, não estão. Alguém viu o Cabral por aí? Ou será que nosso governador é o Pezão?. Mas segundo a Firjan todas essas viagens de Cabral estariam rendendo negócios para o Rio. Assim espero. A conferir.

Mas será que Cabral quer descobrir mais alguma coisa?? Já não bastou o Brasil?

Mas não é sobre isso que eu vim para falar. Vim falar sobre conselho. Ou seria Conselho?

Diz o ditado popular, pelo menos um deles (no Google você até encontra outros) que se conselho fosse bom ninguém dava de graça.
E não deve ser bom mesmo, pois tá custando caro. Muito caro.
Parece que foi aberto um duelo. Entre diretorias x conselhos. Além daquelas diretorias descobertas que a cada contagem cresciam mais, descobriu-se, ou melhor, notou-se que a Casa, leia-se Senado, tem 17 Conselhos. É muito conselho para pouca grana. Ainda mais em tempos de crise.

Têm até Conselho do coral. Mas para quem tinha uma diretoria de Anais, nada mais justo.

Melhor nem falar nos salários pagos aos conselheiros. Mas dizem que o presidente da Casa, José Sarney, que faz parte do Conselho Editorial, não recebe por isso. Só me faltava receber também.

Não sei o que falta mais aparecer. Mais um dia sempre aparece. Nem sei dizer se o aparecimento desses Conselhos seria uma forma de plastificar o aparecimento das tais diretorias.

Será mesmo que plástica adianta? A Dilma fez. Adiantou?
Então, o que é necessário, ou o que seria necessário, seria "o cara", aproveitar que é "o cara" e dar sua cara. Aparecer e pedir explicações. Fazer então valer o carimbo dado por Obama que não tem olhos azuis, de que Lula é "o cara".

Não sei se é. O cara que eu conheço que é "o cara" é o Romário. O resto...

Mas não vamos perder esperanças.

E enquanto isso...

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. E não fumem em ambientes fechados.