quinta-feira, agosto 21, 2008


Começou a chatice do horário político. Ninguém merece. Mas é lei. É obrigatório. Fazer o que?? Pelo menos não mexeu no horário da minha novela: A Favorita. Nessa meia-hora de puro tédio pode-se aproveitar para ler um bom livro, escutar uma boa música, navegar pela internet (que pelo menos não tem horário político - ainda), ou passear pelos inúmeros canais da tv a cabo.Fico me perguntando será que alguém ainda acompanha o horário político e fica lá grudadinho na telinha ouvindo aquelas baboseiras, devaneios, promessas vis e muito blá, blá, blá.


Será??


Será que depois de tanta coisa que vimos acontecer no mundo político ainda resta alguma esperança de que alguém irá se salvar? Pode até ser. Mas eu não acredito muito. Tirando uns e outros ( e acredite são uns e outros bem poucos) ninguém se salva. Depois que vi o nome do ex-deputado e ex-chefe da Policia Civil, Álvaro Lins, a quem eu posso dizer que achava que era um sujeito acima de qualquer suspeita, envolvido em suborno e outras coisitas mais, a casa caiu. A ficha caiu. O chão abriu. E um pensamento veio rápido: " Restou alguém?".


Por esse motivo não quero muito saber de políticos candidatos a prefeitura do nosso Rio de Janeiro. Como confiar neles, se um desses candidatos, que diz que vai limpar o Rio, vai por ordem na cidade, estaciona seu carro em local proibido e fica tudo por isso mesmo? Vai dizer que foi um deslize, uma falhazinha, mas que isso não vai mais acontecer? Bem que isso não se repita !!!! Ai, ai ai !!! Melhor ficar de castigo. Os outros nem quero saber. Prefiro não por minha assinatura em candidatura nenhuma. Não quero fazer parte disso. A mesma coisa fiz na eleição para presidente. Querem eleger ele, a bola está contigo. Se o eleito fizer e acontecer e trazer só coisas boas, ou alguma coisa boa, ótimo, mas se não, pelo menos fico tranqüilo com minha paz interior inabalada. Se eu acreditasse em algum candidato seria o primeiro a dizer: Eu votei nele !!!. Mas não é o caso. Estou completamente desacreditado com tudo e com todos que estão aí.


O problema é (mais uma vez) a memória curta ou inexistente na maioria dos eleitores. As pessoas tinham que anotar na agenda o que o seu candidato fez ou deixou de fazer. Existem sites hoje que podem até te ajudar. É só colocar na agenda on-line e pedir para que perto da eleição você seja avisado e no caso lembrado. Vale exemplificar os deputados que aprovaram a criação do novo imposto, a CSS e que dependem agora da aprovação do Senado. Seria o caso de fazer uma listinha de quem votou sim e fazer valer essa lista na próxima eleição.


Para isso acontecer seria bom o exemplo partir de algum lugar, mas por incrível que possa parecer, nosso STF deu um exemplo contrário, autorizando os candidatos com ficha suja mas que ainda não foram condenados, a se candidatarem. Depois disso, o que podemos exigir também do povo?


Exigir, não podemos realmente, mas pedir não custa. Pedir que antes de votar já que é obrigatório - ainda bem que o STF proibiu o uso de algemas em alguns casos – você va´de mente aberta, coração aberto e tenha coragem de exercer o seu voto. Aquele voto que está em sua mente, que te impulsiona a ir, leve em direção à urna. E não aquele voto opcional que você acha melhor votar no candidato x para somente o candidato y não entrar. Não jogue seu voto fora. Não quer votar (por vontade) nos candidatos x,y,z, não vote. Vote como já disse antes, na sua paz interior. Se todos tivessem essa coragem de achar que não votando em ninguém em vez de estarem jogando seu voto fora, estão exercendo a sua verdadeira vontade, o resultado das eleições poderia surpreender a muitos, inclusive a eles.


As urnas teriam que ser a nossa resposta, a nossa voz para dizer que não está nada bom, e que queremos mudanças.

Meu favorito?? Não tenho nenhum. Fico somente mesmo na expectativa de mais um capítulo da minha Favorita.


Existe uma frase que já usei em outro texto meu, na época da eleição para presidente. E acho que se encaixa novamente como uma luva.


“Era uma vez um povo bom e amigo que acreditava em papai Noel. Só tarde demais descobriram que Papai Noel era o Diabo”


Günther Grass – O Tambor

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